[dropcap type=”2″]Q[/dropcap]uatro meses de praticagem já se passaram, desde o meu embarque no dia 9 de abril e muitas situações ocorreram, muito foi aprendido e feito. Uma experiência fantástica que compartilharei apenas um pouco com vocês.

Estou embarcando no João Cândido, da empresa Transpetro, o primeiro navio do Promef. Um navio tanque moderno, a nível internacional, com capacidade de transportar um milhão de barris de petróleo.

Antes do primeiro embarque, juntamente com outros praticantes que também foram indicados à Transpetro, passei uma semana na empresa para a chamada Ambientação, quando tivemos palestras sobre a empresa e outras informações gerais relacionadas à praticagem, além da indicação de qual navio iríamos embarcar.

[quote_center]No dia do embarque, o nervosismo tomava conta de mim, eu não sabia exatamente o que esperar ao chegar a bordo…[/quote_center]

No dia do embarque, o nervosismo tomava conta de mim, eu não sabia exatamente o que esperar ao chegar a bordo. Porém, ao chegar, fui muito bem recebido por todos. Em seguida, fui apresentado ao navio, recebi os equipamentos de proteção individual (EPI) e não perdi tempo! Logo comecei a acompanhar as tarefas do dia. Por nunca ter embarcado anteriormente, confesso que fiquei um pouco perdido por alguns dias, pois me encontrava em um ambiente novo. Mas com o tempo fui me acostumando com a rotina de bordo.

Minha rotina a bordo é aprender! Tenho horário de serviço certo onde acompanho um oficial, mas participo o máximo possível de tudo.

[quote_center]Pró-atividade é tudo![/quote_center] Para o pessoal que está na escola, fica a minha dica: Pró-atividade é tudo! A praticagem é o período para aprender, errar e corrigir. A tripulação, no geral, vendo que você está disposto a aprender, irá te ensinar de boa vontade.

Recentemente, o navio voltou de uma viagem que virou noticia no meio marítimo: ‘um navio de bandeira brasileira, tripulado por brasileiros, fez depois de muitos anos uma viagem internacional para exportar petróleo.’

Nós saímos do porto de Angra dos Reis – RJ com destino aos portos de Talcahuano (Chile), onde realizamos uma operação de STS (ship-to-ship), e San Vicente (Chile), onde a operação foi com o terminal local.

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João Candido navega para os Canais Patagônicos. (Foto: PON Bruno Cruz / Arquivo Pessoal)

Durante quase um mês de viagem (de ida e volta), aprendi muito. Pois pude vivenciar situações diversas, como: mar grosso, com ondas de mais de oito metros; passagem pelo Estreito de Magalhães, Canais Patagônicos com suas paisagens belíssimas e temperaturas abaixo de zero; balanços de mais de vinte graus, dentre outras experiências que fizeram dessa viagem inesquecível.

PON Bruno Cruz