Navegação de longo curso é o transporte de pessoas ou bens entre portos de diferentes nações. Sua história data desde 3.000 anos AC, quando os egípcios – primeiro povo a utilizar o mar com fins comerciais – construíram os primeiros navios os quais possuímos conhecimento com o objetivo específico de trocar papiros e trigo pelas preciosas madeiras do Líbano. Dessa forma, é um dos mais tradicionais ramos de navegação, sendo responsável por cerca de 90% do comércio global nos dias atuais .

Egípcios e navegação: um dos primeiros povos a fazer comércio a longas distâncias por via marítima.

No Brasil, a história da navegação de Longo Curso começou na década de 50, com o então Ministro da Viação e Obras públicas – Almirante Lúcio Meira – que instituiu o Fundo de Marinha Mercante, estabelecendo a legislação básica para a futura constituição de uma frota mercante brasileira o que efetivamente veio ocorrer com a criação da Comissão de Marinha Mercante, depois transformada em SUNAMAM (Superintendência Nacional da Marinha Mercante). Em 1967 foi implementado o I Plano de Construção Naval, através de linhas para o financiamento de navios.
Em comparação a outros ramos marítimos, a navegação do tipo Longo Curso, é a que mais gera movimento na economia dos países. No Brasil, transportou 822,8 milhões de toneladas no ano de 2018, um crescimento de 2,25% na comparação aos 804,6 milhões de toneladas de 2017. O minério de ferro foi a carga mais movimentada, com 406 milhões de toneladas. Em seguida, estão os combustíveis, com 88,6 milhões de toneladas. A Cabotagem, por exemplo, movimentou 161,2 milhões de toneladas em 2018.


Dessa maneira, pode-se ver que a navegação de Longo Curso tem uma grande importância no cenário comercial atual. É o meio que permite um grande transporte de carga e pessoas a distâncias continentais por um custo benefício razoável. Por isso, é necessário que continue sempre com muitos investimentos e atualizações.