O airbag é um dos itens de segurança mais comuns utilizados nos carros. A ideia é simples: uma bolsa se enche de ar e funciona como uma almofada que amortece o impacto dos ocupantes quando o veículo sofre uma batida. Mas você já imaginou o que aconteceria se os navios pudessem se utilizar de um equipamento similar?

Pois alguns engenheiros europeus sim. Também como itens de segurança, os airbags de navios seriviram para evitar que os navios afundassem, ou ao menos dar um tempo suficiente para que passageiros desembarcassem ou a carga fosse retirada em situações de risco. O princípio de utilização se parece com o de airbags automotivos – boias que são infladas rapidamente no caso de um acidente, retardando ou evitando que uma embarcação aderne ou afunde.

Reinhard Ahlers é o coordenador do projeto SuSySurfacing System for Ship Recovery (em tradução livre, “sistema de flutuação para recuperação de navios”) -, que é financiado pela União Europeia. A ideia já saiu do papel e os primeiros testes com o equipamento foram realizados no porto de Chalkida, Grécia.

“Nosso desafio era produzir enormes quantidades de gás a partir de pequenos cartuchos, para ser liberado rapidamente em dispositivos infláveis”, conta Ahlers.

Os criadores compararam diversas formas de fazer a flutuação de um navio acidentado, incluindo balões de ar e vários tipos de flutuadores infláveis, colocados dentro ou fora da embarcação ou em tanques de lastro. Chegou-se à conclusão de que a proposta mais eficiente constituiria em acoplar pequenos airbags ao longo do casco do navio, evitando assim perdas de espaço útil e protegendo o sistema contra danos acidentais, especialmente em manobras de atracamento, carga e descarga.

Contudo, o sistema implicaria na construção de um casco duplo que encareceria o custo do navio e dificultaria inspeções periódicas. A saída então seria colocar balões infláveis nos tanques de lastro dos navios, sistema que garantiu a flutuabilidade das embarcações de teste mesmo no caso de danos físicos que causaram grandes aberturas no casco. Apesar dos resultados positivos obtidos, a equipe admite que o sistema ainda não está pronto para o uso.

Melhorias no projeto são necessárias para que o equipamento funcione eficientemente nas embarcações. Uma das mais desejáveis é o controle no sistema de vazão do gás, pois, ao contrário dos airbags automoitivos, cuja eficiência está ligada à rapidez do enchimento, o airbag marítimo precisa de um controle que garanta que as boias se encham apenas na medida exata da necessidade.

Fonte: Inovação Tecnológica

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Segundo Oficial de Máquinas e Membra Honorária do Jornal Pelicano. Foi aluna da EFOMM de 2013 a 2015, Comandante de Companhia, Adaptadora-aluna, Atleta da Equipe de Basquete, Monitora do Grêmio de Máquinas, Escritora e Presidente do Jornal Pelicano.