A Autoridade do Canal do Panamá e o consórcio de empresas responsáveis pela expansão da hidrovia do país anunciaram um acordo definitivo para encerrar a disputa sobre o excesso de custos de mais de US$ 1,6 bilhão das obras

                   

O plano de expansão consiste em criar um novo conjunto de comportas paralelo às existentes, para ser operado simultaneamente junto às comportas atuais. Cada conjunto ascenderá do nível do mar até o Lago Gatún em apenas uma passagem, em oposição à situação atual, onde há uma passagem em duas etapas, Miraflores/Pedro Miguel.

As dimensões das novas comportas serão da ordem de 427 metros de comprimento, 55 de largura e 18,3 de profundidade; a correspondente capacidade para navios será 366 metros de comprimento, 49 de largura e 15 de profundidade. Tais dimensões equivalem a um navio de containers de 12.000 TEU (twenty-foot equivalentcontainers de 6,1 metros de comprimento).

Cada conjunto de comportas será acompanhado por bacias de reutilização de água, de dimensões 430 m de comprimento, 70 de largura e 5,5 de profundidade. Tal arranjo permite coletar gravitacionalmente a água utilizada no tráfego pelas comportas, num reaproveitamento de 60%.

Originalmente preparado para o aniversário de 100 anos do primeiro canal (2014), devido a impasses nas negociações a data para o projeto foi alterada. De acordo com um comunicado, o acordo, que estabelece que o projeto seja concluído até dezembro de 2015, ainda deve ser revisto e assinado. 

A Autoridade do Canal do Panamá e o consórcio liderado pela empresa espanhola Sacyr vão investir US$ 200 milhões para retomar os trabalhos.

O canal do panamá é trafegado por ano por cerca de 15 mil navios das mais variadas cargas, sendo responsável maior sobre a diminuição do tempo de viagens entre os oceanos atlântico e pacífico.


Fonte: Jornal do Commercio (PE)/
Da AE