Não tão famoso quanto portos como o de Santos, Paranaguá e Vitória, grandes escoadouros da produção nacional, o Complexo Portuário de Itajaí, em Santa Catarina, vem ganhando destaque nas trocas comerciais por meios marítimos. O pouco valor movimentado (cerca de US$ 17,280 bilhões, pouco se comparado à marca de US$ 122,69 bilhões do porto de Santos, maior do Brasil) esconde em si uma grande significância.

               

O complexo já é responsável pela maior parte das importações e exportações no litoral catarinense, mas o que chama a atenção é o incrível crescimento que vem apresentando. Desde a movimentação de contêineres, que aumentou em 9%, garantindo o segundo lugar no Ranking nacional, até o volume de cargas, que subiu 2,34%, mesmo com a corrente comercial de Santa Catarina sofrendo retração de 0,02%, segundo números da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Essas estatísticas demonstram , principalmente para o pessoal envolvido no ramo da marinha mercante, que o sul do país é um mercado em expansão e que pode gerar boas oportunidades de emprego em breve.

Mesmo com todos esses marcos alcançados em 2013, Itajaí ainda surpreende.  O valor agregado de suas mercadorias ultrapassa o dos demais portos, com US$ 2,22/Kg, segundo o Índice US$/FOBS, seguido pelos portos do Rio de Janeiro, com US$ 1,77/Kg, e Santos, com US$ 1,34/Kg. Isso significa que a tonelada dos produtos comercializados no complexo é mais cara que nos demais. A principal causa disso foram as carnes exportadas, que somaram aproximadamente 1,9 milhão de toneladas e renderam US$ 4,41 bilhões de dólares.

         Dessa forma, embora ainda seja considerado de médio porte, o complexo portuário de Itajaí  vem se desenvolvendo apesar das dificuldades. Em pouco tempo, mantendo-se esse ritmo, Santa Catarina poderá vir a ser tornar a nova capital portuária do Brasil, exportando não só as riquezas de nossa grandiosa nação, mas também a cultura gaúcha.