Foi divulgado pela Petrobras que, no último dia 12 de abril, a Transpetro deu início às atividades da base. Conheça a Base de Apoio Offshore de São Sebastião e saiba por que seu funcionamento inovador é um auxílio importante para as reservas da Bacia de Santos.

A base, instalada no porto público de São Sebastião (SP), representa mais uma atividade estratégica no suporte à exploração e produção dos campos do pré-sal. Sua primeira atividade foi o carregamento de uma embarcação de apoio com cimento a granel, utilizado nos poços de petróleo para revestimento e cimentação. O navio Toisa Serenade foi carregado com 345.920 quilos de carga e seguiu para os campos do polo pré-sal da Bacia de Santos.

A atividade foi possível devido à proximidade entre o porto de São Sebastião e o Terminal de São Sebastião (Tebar/SP), que conservam uma posição estratégica em relação às reservas de petróleo do pré-sal na região. Assim, as embarcações de suprimento às plataformas (PSVs) recebem cimento no porto e no Tebar são abastecidas com diesel e água antes de seguirem viagem.

A inovação advém do uso da Unidade Remota de Abastecimento de Cimento, que otimiza o abastecimento dos barcos de apoio. Foram gastas 11 horas para executar o carregamento do navio na primeira operação, o que representa uma redução de 30% em relação ao tempo gasto numa operação convencional:

Única no Brasil, ela foi desenvolvida em parceria com uma das principais empresas de serviço de petróleo do mundo. Essa eficiência é resultado de um processo de desenvolvimento tecnológico inovador envolvendo simulações operacionais e treinamentos. Com duas entradas para receber carga, a unidade remota permite que o cimento seja transferido simultaneamente a partir de dois caminhões, o que amplia sua capacidade de suprir as embarcações que seguem para as plataformas.

 Ela também possibilita que um caminhão continue o abastecimento enquanto outro é substituído, um trabalho ininterrupto; isso porque o equipamento se trata de um sistema hermeticamente fechado. Segundo a Petrobras, “o sistema é composto por um motocompressor de ar, que auxilia  o transporte pneumático do pó de cimento até o PSV, agilizando  o tempo de bombeio; por um silo interno, para o caso de retorno de material da embarcação; por um desumificador de ar e por um filtro manga, que impede o lançamento de resíduos no ambiente. Dessa forma, a utilização da Unidade Remota de Abastecimento dispensa o uso de uma planta específica de armazenagem.”

Fonte: Portal Naval

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Segundo Oficial de Máquinas e Membra Honorária do Jornal Pelicano. Foi aluna da EFOMM de 2013 a 2015, Comandante de Companhia, Adaptadora-aluna, Atleta da Equipe de Basquete, Monitora do Grêmio de Máquinas, Escritora e Presidente do Jornal Pelicano.