Neste “Por que EFOMM?” contamos a história da aluna do primeiro ano Carolina Gomes. , que atualmente cursa o primeiro ano de ciências náuticas e nos conta desde como surgiu a ideia de vir para cá até o que sente hoje em relação à Escola da Marinha Mercante.

JORNAL PELICANO – Por que você escolheu a EFOMM?

Minha família sempre teve um contato muito grande com o mar. Para fugir da vida caótica da cidade de São Paulo, meu pai se mudou para Ilhabela com a minha mãe, com o plano de viajarem juntos pelo mundo de veleiro. Meu irmão, o Aluno Jonas Gomes, atualmente no segundo ano da EFOMM e eu ainda eramos muito pequenos e meu pai programou a viagem para quando tivéssemos 5 e 6 anos de idade. Infelizmente, um ano antes de zarparmos, minha mãe faleceu. Meu pai optou por nos criar por conta própria, ao invés de voltar para a família em São Paulo, permaneceu no litoral e tive a oportunidade de viver na praia e desde cedo aprender a velejar.

Mas sonhos são difíceis de serem esquecidos e o sonho de viajar e morar no mar continuava em nossas mentes. Nos reestruturamos, planejamos, sonhamos muito e nos aventuramos! Fizemos duas viagens: uma de um ano e dois meses pelo Brasil, outra de um ano e oito por Brasil, Caribe e Europa; três companheiros e amigos de viajem. Foi nesse ambiente que eu e meu irmão conhecemos a EFOMM. Meu irmão se apaixonou de cara pela ideia e eu… nem tanto! Meu sonho inicial era fazer direito, como minha mãe havia feito. Jonas começou a estudar desde início o 3° ano do Ensino Médio para o vestibular e a primeira vez que prestou achou muito difícil. Meu pai estava “fazendo minha cabeça” para prestar para o concurso e decidi, após muita insistência da parte deles, tentar fazer a prova que ele havia feito e para a nossa surpresa, fui muito bem! Mais por eles que por mim, estudei um mês antes da prova no ano seguinte e fiquei na lista de reserva do ano em que meus veteranos entraram. Eu me animei e estudei muito, entre 10 e 12 horas por dia sem cursinho, prestei e não passei novamente, meu irmão passou. Confesso que no início me desanimei, mas não havia mais jeito, já havia criado uma pontinha de sonho em mim, já me vendo trabalhando nos  navios atracados, morando e vivendo do mar. Estudei mais, batalhei mais e no terceiro ano de tentativa, passei. Nunca esquecerei como foi chegar no pátio da bandeira pela primeira vez, me sentindo realizada, completa. Por que EFOMM? Porque quis concretizar um sonho. Aqui sou muito mais feliz do que poderia imaginar, posso considerar meus amigos como irmãos e apesar da rotina difícil, a sensação de superação no fim de cada dia supera qualquer desgaste. Estudo e trabalho num lugar que amo e toda a vez que olho para o passado tenho a certeza de estar no caminho certo.