Maritime New Zealand lança relatório de segurança

A entidade oceânica divulgou nesta quinta-feira (11/02) o relatório que vinha sendo preparado desde abril do ano passado.

(Imagem: Google Imagens)

Após quase um ano de estudos, a agência neozelandesa Maritime New Zealand (NZ) lançou nesta quinta-feira (11/02) um documento comprovando a capacidade do país oceânico em gerenciar o crescente aumento no tráfego em torno de sua costa.

A análise teve início em abril do ano passado e levou em consideração não só a habilidade do país em evitar acidentes, mas também agilidade em avaliar riscos e reajustar as medidas de proteção e segurança adotadas.

Keith Manch, diretor da Maritime NZ, seguiu as recomendações geradas pela comissão que analisou o encalhe do navio MV Rena em um recife próximo à uma das ilhas da Nova Zelândia, bem como seu conseguinte vazamento de óleo. O diretor afirmou que medidas como o uso de auxílios virtuais para a navegação e a coleta de dados das movimentações de navios ao longo da costa (possibilitadas pelo uso do Automatic Identification System – AIS) foram levadas em consideração.

Acidente do MV Rena, citado no relatório da Maritime New Zealand. (Foto: www.cargolaw.com)
Acidente do MV Rena, citado no relatório da Maritime New Zealand. (Foto: www.cargolaw.com)

Segundo a Maritime New Zealand, o uso desses auxílios eletrônicos à navegação para alertar navios através de seus sistema AIS seria necessário para evitar acidentes como o do Rena, que a entidade atribuiu à falta de habilidade de navegação dos envolvidos e à falta de atenção durante o quarto de serviço.

Mesmo admitindo a natureza desafiadora de se construir e gerenciar um sistema internacional de auxílios virtuais à navegação, uma área que costuma evoluir rapidamente, a organização se mostrou positiva e já identificou três regiões com provável alto risco de acidentes quando comparadas às demais: o Golfo de Hauraki, o Canal de Colville e o Estreito de Cook, este último devido a ser utilizado por navios de passageiros e navios de carga concomitantemente.

A Australian Maritime Safety Authority (AMSA) não ficou de fora do relatório, que recomendava uma ligação direta com a autoridade australiana que já usa ferramentas sofisticadas de coleta de dados e análises de risco. A proposta é que as duas agências oceânicas unam seus sistemas, uma vez que 60% dos navios que chegam ou partem da Nova Zelândia viajam da ou para a Austrália.

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Aluno do terceiro ano de Náutica, atualmente é o Vice-Presidente do Jornal Pelicano.