Os veleiros que participaram da regata à vela dos XXXVIII Jogos Esportivos EFOMM-CN (MercNav) foram para o mar de Angra dos Reis na sexta-feira, dia 07 de agosto, para o treinamento das três classes de embarcações que participaram da disputa: os Skippers (uma unidade de cada equipe), Escaleres (uma unidade de cada) e os Monotipos, que são divididos entre Laser e Dingue (três de cada escola).

A competição da vela ocorreu entre os alunos da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) e Colégio Naval e foi realizada em três regatas do tipo barlavento (vento soprando pela proa do barco) e sotavento (pela popa), e foram utilizadas velas do tipo buja, grande, mezena, genoa e balão para proveito adequado do vento. O primeiro silvo do apito sinalizou os cinco minutos que antecedem o início da regata, o segundo silvo informou que faltava um minuto e o terceiro marcou de fato a largada.

Na primeira regata o vento, que vinha do Sul, oscilou bastante e, enquanto soprava, o que se via era trabalho dentro dos barcos. Se destacaram as embarcações que conseguiram ficar mais próximos da boia de largada e que se regularam para o tipo de vento mais oscilante, vencendo a regata quem soube se posicionar nos locais onde os ventos entravam melhor, além daqueles dotados das estratégias mais inteligentes.

A segunda regata ocorreu por volta das 1500, horário em que a intensidade do vento diminui, para posteriormente mudar de direção. Com vento fraco, a disputa contou com a experiência dos velejadores, tanto dos Skippers quanto dos menores. Os barcos buscavam se manter mais próximos da raia por onde estava correndo a regata e os velejadores exercitaram sua paciência ao esperar a entrada do vento para obterem sucesso. Venceu quem conseguiu se posicionar melhor, enquanto o vento soprava lentamente.

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As condições de vento representaram um grande desafio aos participantes da competição de vela, testando seu domínio sobre os barcos e estratégia para correr as regatas (Foto: Jornal Pelicano).

Na terceira e última regata, como esperado, entrou um vento vindo de Leste, com forte intensidade. O novo cenário permitiu que todos conseguissem velejar, mas o erro de alguns acarretou em prejuízos nas embarcações, como a perda da retranca (parte do mastro que, caso esteja ausente, impossibilita o velejo). Além disso, muitos veleiros menores viraram por manobras erradas e ação do vento, tendo que ser rebocados pelas embarcações de apoio do CN.

Com ventos de todos os tipos (oscilante, fraquíssimo e com fortes rajadas) a competição contou com força, agilidade, estratégia, visão de regata e conhecimento do local. A equipe da EFOMM, que participou pela primeira vez do MercNav, teve pouco contato com o barco com o qual competiu e o CN pôde se valer do conhecimento da área marítima e da maior intimidade com as embarcações para alcançar bons resultados.

Como alguns veleiros não conseguiram terminar o percurso, a premiação se deu por somatório de pontos, tendo a EFOMM levado medalha de prata na categoria Laser, com os alunos Francisco, do 1º ano, e Felipe Álvares, do 2º ano; as demais premiações ficaram com os representantes do CN.

Questionado sobre a rotina de treino, o aluno Murisini, do 3º ano do CN, Comodoro da Vela, declarou que antes das regatas a equipe treina todos os dias e, duas semanas antes das competições, começam a velejar após o almoço e terminam por volta das 1830. Contando com 4 Skippers, 2 Oceânicos, 9 Dingues e 9 Lasers, a tripulação dos veleiros é mesclada entre todos os anos, mas em competições, como nem todos os barcos participam, a tripulação é dividida por anos escolares; na MercNav, por exemplo, competiram os segundanistas e terceiranistas do CN.

Confira as fotos da competição de Vela em nosso álbum:

MercNav 2015 - Vela e Remo