Na terça-feira (07), a armadora Brasil Supply lançou no Estaleiro Ilha SA (Eisa) – Rio de Janeiro, o primeiro navio de um total de 17 previstos em contrato realizado em 2011 com a Petrobras. Serão 11 navios de grande porte para transportar fluidos até as plataformas, 5 embarcações PSV – de alta velocidade para levar profissionais e equipamentos até as plataformas e um navio de monitoramento ambiental. Paralelamente, no Estaleiro Arpoador, estão sendo construídos as 5 embarcações de alta velocidade.

A entrega, entretanto, enfrentou uma greve de oito dias, iniciada em 7 de junho, na qual os trabalhadores do estaleiro cruzaram os braços por falta de pagamento. Para a Brasil Supply, infelizmente, os atrasos não se restringem ao Eisa, mas sim, estão espalhados por todo o setor, no Brasil.

Para o presidente da armadora, José Ricardo Roriz, os estaleiros brasileiros ainda estão em fase de adequação à explosão de encomendas da estatal desde a descoberta do pré-sal, em 2006.

Por enquanto, em sua opinião, atrasos são inevitáveis. Mas, passado esse período de aprendizagem, no prazo de cinco anos, os estaleiros nacionais estarão capacitados para atender à demanda interna e poderão ainda ser referência mundial no setor: “O que acontece é que a demanda foi tão grande e o Brasil não estava preparado para atender às solicitações em um período tão curto. Houve uma corrida e, por isso, estão tendo atrasos. Com o tempo, os estaleiros estão se modernizando, se equipando para atender aos compromissos”, disse Roriz.

Cerca de 80% do investimento de R$ 700 milhões da Brasil Supply foram financiados com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM), e o restante, com recursos próprios.

O BS Itamaracá possui 91,4 metros e capacidade de 4,5 mil toneladas de carga.